Exposição Encontro do IV Fazendo Cruzos

23/04/2024 11:02

 ❗Convidamos todas as pessoas para contemplarem a Exposição Encontros do IV Fazendo Cruzos ❗

👉🏾 Artista: Soberana Ziza
Curadoria: Juliana Crispe e Thainá Castro

Quando: dia 17/04, das 8h às 22h

Onde: no Bloco A (CFH)

🔅 Acompanhe nosso Instagram @eboepistemicoufsc para mais informações sobre o evento.

#fazendocruzos #antirracismo #racismocientifico

Slam Antirracista do IV Fazendo Cruzos

23/04/2024 10:42

📢 Poemas para serem lidos em voz alta! 📢 Está chegando o 1º Slam Antirracista do IV Fazendo Cruzos! ✊🏿✨

Convidamos todas as pessoas a participarem do primeiro Slam antirracista, onde a arte se configura como nossa ferramenta de transformação e a poesia como nossa voz.
🎭 Prepare-se para três performances artísticas: teatro, poesia e dança, todas com o antirracismo como tema central. Além disso, contaremos com um varal de poesias, onde artistas expressarão suas poesias em formato escrito, trazendo reflexões sobre a temática antirracista.
O tema do evento está alinhado com a proposta do IV Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias: “Racismo (DITO) científico: ética, estética e comunicação com a ciência”. É uma oportunidade de aprofundar nesse debate essencial e contribuir para a construção de uma sociedade antirracista.

🗓 O Slam antirracista será dia 17/04 das 19hrs até 21h30 no Gramado lateral do Marque/CFH, como parte do encerramento do evento, que acontecerá durante o dia todo no CFH/UFSC, com uma programação completa das 9hrs às 21h30. Junte-se a nós!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programação Completa do IV Fazendo Cruzos

23/04/2024 10:30

🔥 SE INSCREVA para a 4ª edição do Fazendo cruzos com Antropologias, Artes e Museologias – racismo (DITO) científico: ética, estética e comunicação com ciência 🔥

👉🏾 O evento trará para a universidade movimentos de aprofundamento da noção de “racismo científico”, refletindo como essa ideia, forjada no contexto moderno-colonial implicou na construção e representação pública do conhecimento científico no presente, hierarquizando seres com base em pressupostos biologizantes e deterministas que, apesar de refutados e invalidados cientificamente, são reproduzidos até hoje.

👉🏾 O racismo (DITO) científico parte do ponto de vista único, exclusivo e excludente do homem, branco, cisgênero, europeu, cristão e proprietário, impulsionando invasões, exploração e subjugação de diferentes povos, especialmente populações indígenas, africanas, asiáticas, ciganos e grupos sociais como mulheres, pessoas com deficiências, pessoas trans e outros grupos minorizados.

👉🏾 Dessa maneira, através dos cruzos com as universidades, as artes, a comunidade e os movimentos sociais, traremos uma roda de conversa em área verde, intervenções e exposições artísticas, salas com oficinas interativas, nosso conhecido ajeum para alimentar a galera, um Slam antirracista, entre outras atividades que estarão acontecendo ao longo do dia 17/04, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC).

👉🏾 Com essa edição buscamos (re)pensar sobre a ética, a estética e comunicação científica de modo afirmativo, desde a universidade pública pela qual e desde onde lutamos, produzimos e defendemos – apesar da branquitude e dos resquícios ainda presentes do racismo científico – por uma sociedade antirracista.

❗INSCRIÇÕES ABERTAS (com direito a certificação – até dia 17/04)❗
https://inscricoes.ufsc.br/fazendocruzos241

Roda de Fogo com Estudantes Indígenas da UFSC

12/04/2024 19:24

Pré-evento do IV Fazendo Cruzos

Roda de Fogo com Estudantes Indígenas da UFSC

❗Convidamos todas as pessoas a participarem da Roda do Fogo com Estudantes Indígenas da UFSC como pré-evento do IV Fazendo Cruzos ❗

👉🏾 Juntem-se conosco nessa imersão de saberes, conversas e afetos, interagindo com a biodiversidade do campus e produzindo uma perspectiva de ciência que realmente tenham a diversidade como princípio formativo.

Quando: dia 15/04, às 18h, no Bambuzal ao lado do Colégio Aplicação!

⚠ Aconselhamos levar repelente, canga para sentar, rede, cadeira e itens de piquenique.
🔅 Acompanhe nosso Instagram @eboepistemicoufsc para mais informações sobre o evento e o Instagram do Movimento dos/das/des Estudantes Indígenas da UFSC @movimentomalocaufsc para saber mais sobre suas lutas.

Roda de Conversa do IV Fazendo Cruzos

12/04/2024 19:11

❗Convidamos todas as pessoas a participarem da Roda de Conversa do IV Fazendo Cruzos ❗

Dessa vez o local será no Bosque do CFH 🌳🌴🌿, e nessa edição do evento decidimos pautar as áreas verdes como forma de (re)pensar o espaço que construímos conhecimento na Universidade Pública em oposição ao legado do racismo científico, que preza por salas de aula e espaços de convivência estéreis, brancas e quadradas.

👉🏾 Então convidamos todes para juntarem-se conosco nessa imersão de saberes, conversas e afetos, interagindo com a biodiversidade do campus e produzindo uma perspectiva de ciência que realmente tenham a diversidade como princípio formativo.

Quando: dia 17/04, às 9h, no Bosque do CFH!

⚠ Aconselhamos levar repelente, canga para sentar, rede, cadeira e itens de piquenique.
🔅 Acompanhe nosso Instagram @eboepistemicoufsc para mais informações sobre o evento!

 

Roda de Conversa: Afinal, o que é antiproibicionismo?

12/04/2024 19:01

Pré-evento do IV Fazendo Cruzos

Roda de Conversa: Afinal, o que é antiproibicionismo?

🌿🗣️ Roda de Conversa: AFINAL, O QUE É ANTIPROIBICIONISMO?

Onde: CFH
Quando: 16/4/24 – 9h

Ao longo do século XX, o proibicionismo implementou políticas restritivas sobre substâncias psicoativas, que resultaram na proibição da produção, circulação e consumo de algumas drogas. Isso, combinado a moralismo e repressão seletiva, sustentou um ciclo de violência e desigualdade, intimamente ligado ao racismo e à xenofobia sobre comunidades racializadas. Apesar do álcool ter sido regulamentado após a mal sucedida experiência da Lei Seca nos Estados Unidos da América (EUA) entre os anos 1930 e 40, o proibicionismo se fortaleceu, especialmente a partir dos anos 1970 com a chamada “guerra às drogas”. Nessa abordagem, diferenciam-se drogas medicinais e recreativas, estando o controle de mercado das substâncias como maconha, coca, ópio e sintéticos, como eixo principal da política.

Na América Latina, o proibicionismo gerou um sofisticado modelo produtivo e econômico global controlado pelo narcotráfico, criminalizando produtores, negociantes e consumidores. No entanto, a aplicação seletiva das leis revela uma política que criminaliza e vitimiza principalmente comunidades negras e pobres, resultando em altas taxas de violência e encarceramento. Dentro desse contexto, o proibicionismo se estende à criminalização da interrupção voluntária da gravidez, expondo corpos gestantes a abortos clandestinos e seus riscos, apesar da existência de métodos seguros e eficazes por meio de drogas farmacêuticas.

Nessa roda de conversa, vamos abordar essas questões e suas interseções com o sistema cisheteropatriarcal do capitalismo racial. Participarão pesquisadores, estudantes, militantes, lideranças e representantes de coletivos e organizações relacionades a causa antiproibicionista. Essa atividade é um pré-evento da 4a edição do Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias, que será realizado no CFH/UFSC no dia 17/4/24.

Venha participar deste importante diálogo. Não perca! 🌍✊🏿✊🏾

Salas interativas com oficinas do IV Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias

04/04/2024 11:09

❗ É com felicidade que anunciamos as salas interativas com oficinas da 4ª edição do ciclo de eventos Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias, que traz como temática o “racismo (DITO) científico: ética, estética e comunicação com ciência”. ❗

Nessa edição do Fazendo Cruzos teremos três salas interativas com oficinas que vão acontecer no período de 14h da tarde às 18h da noite.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

▪ A “Oficina de estética e ciência” será ministrada pela professora, Dra. Luciene Dias que se dedica à trabalhos e pesquisas sobre relações étnico-raciais, de gênero e de sexualidades, em interface com os estudos de Antropologia, Performances Culturais e Comunicação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

▪ A “Oficina de ética em pesquisa científica” será ministrada pelo professor, Dr João Mateus Acosta Dallman que se dedica à trabalhos e pesquisas sobre saúde e educação antirracistas, igualdade racial e combate ao racismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

▪ A “Oficina de comunicação científica” será ministrada pela professora, Dra. Leslie Chaves que se dedica à trabalhos e pesquisas sobre relações étnico-raciais, movimentos sociais negris em rede e comunicação, comunicação e informação e ciências da comunicação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

👉🏾 INSCRIÇÕES ABERTAS
▪Se inscreva nas oficinas através do formulário: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScATgLBeXJqnLj-eF3GoKcAoeOWmYt7Wq0DRv-1-JhGvs2bQw/viewform 

📍O evento é aberto a toda comunidade e acontecerá de forma presencial no dia 17 de abril, quarta feira, no CFH/UFSC, a partir das 9h.

O que é “racismo científico”?

04/04/2024 09:59

“Racismo científico” é uma ideia forjada no contexto moderno-colonial nos séculos XVIII e XIX, tida à época como uma inovação para a compreensão da diversidade da espécie humana na busca pelo registro das diferenças entre os modos de existência dos povos humanos. Essa ideia trazia concepções deterministas e biologizantes impostas pela representação de um pretenso “sujeito universal” que seria a referência primordial do que é “ser” “humano”. Essa ideia implicou na construção e representação pública de crenças e valores desde um racismo “dito” científico, baseada em crenças etnocêntricas, discriminatórias e violentas.

Dessa forma, o que é reconhecido como “racismo científico” foi um paradigma que serviu de explicação escalar para as diferenças socioculturais presentes na humanidade, a partir do ponto de vista único, exclusivo e excludente do homem, branco, europeu, cristão, cisgênero e proprietário como ser humano universal. Essa visão de mundo orientou a formulação de argumentos políticos, econômicos, religiosos e morais acionadas como justificativa para invasões, exploração e subjugação de diferentes povos, especialmente populações indígenas, africanas, asiáticas, ciganos; e grupos sociais como mulheres, pessoas com deficiências, pessoas trans e outros grupos minorizados.

Fortemente refutado desde sua formulação, com críticas relativas a sua diacronia, ignorância, intolerância e limitação, foi na antropologia que suas inferências teóricas foram questionadas do ponto de vista metodológico. A crítica permitiu demonstrar que tal “ciência” trazia imprecisões que produziam explicações tendenciosas e inverídicas, pois punham sob análise contextos sociais e culturais que não poderiam ser meramente justapostos e comparados desde uma escala evolutiva, mas devidamente contextualizados em suas próprias condições e manifestações.
Antropólogos como alemão Franz Boas (1898) e o haitiano Joseph Anténor Firmin (1885), traziam suas contribuições científicas ainda nos finais do século XIX, demonstrando as inconsistências e limitações dos escritos da tradição evolucionista na antropologia social. Essa abordagem propunha escalas de evolução dos grupos humanos de acordo com etapas pré determinadas para sua transformação e desenvolvimento, tendo como ponto final a própria sociedade européia do século XIX, que se projetava como a “civilização”, representação ideal do “progresso humano”.

Ainda que refutadas no bojo do campo científico desde sua formulação, aqueles que usavam da “ciência” como forma de poder para disseminar suas crenças e valores foram eficazes na propagação destas. Esses argumentos serviram como justificativa para legitimar e autorizar formulações políticas de estados nacionais e de grupos específicos que, em nome destes, promoveram e ainda promovem, invasões, colonização, escravização, extermínios, guerras e genocídios, sustentada por uma pretensa superioridade moral, étnica e racial.

As perspectivas que tomavam o “racismo científico” como referência também contribuíram para a construção de estigmas que, ainda que já derrubados cientificamente, ecoam no senso comum, seja sob a forma de crença, opinião e/ou preconceito, na construção do sujeito criminoso e em práticas que buscam desumanizar indivíduos específicos e certos grupos de pessoas. Reflexos dessa presença podem ser identificados quando observados os dados de saúde e segurança pública no Brasil atual, por exemplo.

Pessoas negras figuram nas taxas mais altas de morte por doenças evitáveis no país, e na pandemia de covid-19 a letalidade de pessoas negras foi maior em cerca de 40%; na segurança pública, por uma política de drogas proibicionista, a violência policial promove o genocídio da população negra e seu hiper encarceramento. Mulheres negras são as vítimas potenciais de feminicídios, e jovens negros e indígenas o que mais cometem suicídios. Todos esses dados refletem séculos de violências, rupturas e tentativas de desumanização e demonstram a urgência de uma ciência antirracista .

A 4ª edição do ciclo de eventos Fazendo cruzos com Antropologias, Artes e Museologia trará um aprofundamento da noção de “racismo científico” desde uma perspectiva crítica. Assim iremos (re)pensar sobre a ética, a estética e comunicação científica, desde a universidade pública pela qual e onde lutamos, produzimos e defendemos – apesar da branquitude e dos resquícios ainda presentes do racismo científico. Ao ocupar e incorporar, buscaremos transformar as áreas verdes do CFH/UFSC como uma forma afirmativa de produzir conhecimento, e tendo a diversidade como base. Assim, problematizaremos os espaços de aulas diante de quadrados brancos e estéreis, rumo a uma co-construção afetiva na produção de saberes que atravessem corpos para além do meio acadêmico científico – por uma sociedade antirracista.

LEITURAS RECOMENDADAS:

  • BOAS, Franz. (1896) As limitações do método comparativo em Antropologia.
  • CASTRO, Rosana. (2022). Pele negra, jalecos brancos: racismo, cor(po) e (est)ética no trabalho de campo antropológico. Revista De Antropologia, 65(1).
  • FIRMIN, Joseph Antenor (1885). A igualdade das raças humanas: antropologia positivista.
  • PINHO Osmundo. (2019). A Antropologia no espelho da raça. Revista do PPGCS – UFRB – Novos Olhares Sociais | Vol. 2 – n. 1 – 2019
  • ODA , Ana Maria Galdini Raimundo e DALGARRONDO, Paulo. Juliano Moreira: um psiquiatra negro frente ao racismo científico. Brazilian Journal of Psychiatry [online]. 2000, v. 22, n. 4, pp. 178-179
  • SCHWARCZ, Lilia Moritz. (1994) Espetáculo da miscigenação. Estudos Avançados 8 (20): 137-152.
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