Ebó, palavra em iorubá que significa oferenda; epistêmico, palavra oriunda do grego que significa discurso de conhecimento.
Esta é a nossa oferta durante o evento Ebó Epistêmico: fazendo cruzos com antropologias, artes e museologias, realizado em parceria do projeto de extensão @eboepistemicoufsc e da @museologiaufsc no último dia 19 de outubro, na UFSC. Foi em uma quarta feira que nos reunimos e circulamos por algumas encruzilhadas por meio de um conjunto de afetos corporificados que transbordaram e provocaram o fazer acadêmico normatizado dentro de uma lógica eurocêntrica.
Na abertura da exposição Poéticas da Relação: Extensão e filiação realizada no @ecgd_ieg , 12 artistas negras de Santa Catarina apresentaram seus trabalhos expostos em forma de lambe nas paredes da galeria. A exposição faz parte do circuitos de exposições Poéticas da relação, vinculada ao 2º Encontro Internacional Pós-colonial e Decolonial (EPD), promovido pelo AYA Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) em parceria com diversas instituições nacionais e internacionais. Agradecemos às professoras e pesquisadoras @thai_na_ e @juliana_crispe , ao @armazemcoletivoelza , e aos artistas @sergio_adriano_h @desiree.dossantos @gugie.art @francoismuleka @trindadead @loba.barreto @mauricioigor @cassio_markowski @itamarasribeiro @sil_lucas_art @adrianodenovac @ent.eiro e Cosme S.
Fechamos nosso ritual exuístico, acadêmico, científico com o @geosamba compartilhando samba e sabedoria por meio do ritmo melódico e sincopado da roda de samba e do movimento e afetos dos corpos em festa. Agradecemos a @geografiaparalela pela parceria e por movimentar corpos e afirmar saberes e fazeres na ocupação do espaço pública da universidade.
Agradecemos a equipe de bolsistas e voluntários do @eboepistemico e da coordenadoria especial de @Museologiaufsc, A @ufsc por meioda @proexufsc , @proafeufsc , @secarte.ufsc , @cfh.ufsc, @iegufsc e a todas pessoas que estiveram conosco durante os cruzos antropológicos, artísticos e museológicos no dia 19 de outubro.
Axé!
Venha participar do Prêmio Mulheres na Ciência.
A Universidade Federal de Santa Catarina entrega nesta segunda-feira, 21 de n
ovembro, o Prêmio Propesq – Mulheres na Ciência – Especial Cientistas Negras para cinco pesquisadoras de diferentes áreas do conhecimento que se destacam pela sua trajetória na instituição, entre elas, a professora Alexandra Alencar, uma das coordenadoras do projeto Ebó Epistêmico.
Data: 21 de novembro (segunda–feira);
Horário: às 16hs;
Local: Sala dos Conselhos da UFSC.
Mais informações: https://noticias.ufsc.br/2022/11/ufsc-entrega-premio-a-cientistas-negras-nesta-segunda-21-de-novembro/
Obs: Atenção à recomendação para uso de máscaras em locais fechados.
Gugie Cavalcante
Sérgio Adriano H
Alexandra Alencar
Inscrição: http://inscricoes.ufsc.br/eboepistemicomuseoparticipantes
Estão abertas as inscrições para seleção de bolsista PIBIC no âmbito do Projeto: Desigualdades, conflitos e moralidades em perspectiva etnográfica, orientadora: Profa. Flavia Medeiros (ANT/UFSC) para discentes dos cursos de graduação em Antropologia e Ciências Sociais.
Informações adicionais em Oportunidades de bolsas para alunos
O Projeto de Extensão Website Ebó epistêmico: ações e reflexões a partir da disciplina Estudos Afro-brasileiros da UFSC está com inscrições abertas para ocupar 01 VAGA de bolsa de extensão com duração até dezembro de 2022, em seu projeto que está em curso. As inscrições estão abertas até dia 29/07/2022 (sexta-feira).
Podem se inscrever estudantes de graduação da UFSC que disponham de 20h/semanais para se dedicar as atividades do projeto.
Interessados enviar mensagem para o e-mail: flavia.medeiros@ufsc.br
Acesso ao edital completo: Edital Seleção de Bolsista Extensão Ebo epistemico ago2022.docx
Ebó é uma palavra de origem Iorubá que consiste em um ritual de base africana, criado para reequilibrar os aspectos da vida de um indivíduo. Segundo Rufino (2019) o ebó também opera como um princípio tecnológico, uma vez que é a partir dele que se estabelecem as comunicações, trocas e invenções de possibilidades. Assim com base no início da jornada desta disciplina que se propôs a um letramento racial na contramão da colonialidade do saber (Lander, 2000) que estrutura nossas instituições de ensino, construímos uma comunidade de aprendizados (hooks, 2017) que se propôs a cruzar os conhecimentos, atravessando-os com outros saberes e fazeres, configurando àquilo que (Rufino, 2019) nomeia de ebó epistêmico. Assim lançamos neste momento nosso ebó epistêmico ao mundo, por meio deste espaço virtual, apresentando algumas das produções realizadas pelos/pelas estudantes desta disciplina, como a criação de verbetes de protagonistas negros e negras representativos da história do Brasil, bem como de sua contemporaneidade. Além disso temos materiais didáticos, em diversos formatos, que foram pensados com base nos temas abordados ao longo do curso desta disciplina. E todo este percurso, bem como este resultado final no formato de site não seria possível sem o trabalho afetuoso das monitoras Josiane Soares da Silva e Paula Campos de Andrade e da estagiária docente Tatiane Cerqueira, as quais agradecemos imensamente. Esperamos que as vivências junto à disciplina, bem como na realização dos trabalhos de alguma forma afete os e as estudantes, futuros graduados/as em Ciências Sociais e de outras licenciaturas, contribuindo para um outro fazer profissional que tenha a diversidade como princípio formativo.
Axé!
Professoras
Alexandra E. V. Alencar;
Flavia Medeiros Santos.
Referências Bibliográficas:
RUFINO, Luiz. Pedagogias das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.
LANDER, Edgardo (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2000.
hooks, bell. Ensinando a transgredir:a educação como prática de liberdade. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. 2ª edição: Editora WMF Martins Fontes, 2017.
