
O artista Sérgio Adriano H apresentará uma exposição individual na Galeria Jandira Lorenz, galeria do Departamento de Artes Visuais do CEART/UDESC.
Artista da Geração 2000, um dos mais atuantes de Santa Catarina, Sérgio Adriano H, que vive e atua entre Joinville (SC) e São Paulo (SP), celebra os 20 anos de carreira com o projeto “Ser Negro”, exposição que tem a curadoria de Juliana Crispe e está legitimada pela conquista do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Artes – 2021, uma iniciativa do governo do Estado de Santa Catarina por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
O itinerário da mostra contemplou intervenções em frente ao Museu de Arte de Blumenau (MAB), em Blumenau (SC) e na praça Coronel Bertaso, em Chapecó (SC), na galeria Choque Cultural, em São Paulo (SP) e no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), no Rio de Janeiro (RJ). O momento inaugural do projeto movimentou a Casa da Cultura Fausto Rocha Junior, na Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew, em Joinville, no dia 10 de março de 2022 em Joinville (SC) e finaliza as ações em Florianópolis.
Celebração de conquista
Os livros, objetos, fotografias, videos, apropriação de imagens de figuras históricas e as palavras são estruturantes na exposição “Ser Negro”, que propõe uma reflexão sobre os 20 anos de trajetória de Sérgio Adriano H.
Para celebrar as conquistas alcançadas em 20 anos de intensa atuação, não à toa, Sérgio convida a pesquisadora e curadora Juliana Crispe, hoje um dos nomes mais sólidos do circuito de arte de Santa Catarina pela amplitude de suas conexões, pensamento e sensibilidade descolonial. A seleção curatorial enfatiza resulta de certo modo numa síntese em torno de uma produção que discute vida e morte, o tempo e o espaço, a paisagem e a arquitetura tendo como dispositivo o próprio corpo do artista, a palavra e a história um lugar para as lutas coletivas e antirracistas. As investigações de boa parte destas obras passam pelas enciclopédias, dicionários, livros de arte e revistas em que rasura, pinta, recorta, imprime e sulca.
O artista constrói suas imagens a partir de fotos, vídeos, instalações e objetos com os quais questiona o sistema simbólico chamado “verdade”, um conceito nem sempre contemplado nos livros da história do Brasil, cujos textos apostam no apagamento social dos negros, negam a identidade racial e violentam aqueles que são hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o maior contingente populacional do país. A invisibilidade e os seus efeitos se afirmam por meio de um discurso de cordialidade, da negação do racismo estrutural e pela violência com números estarrecedores de homicídios, nos quais jovens e negros aparecem sempre no patamar das vítimas.
Provocador, ao aproximar arte e filosofia, Sérgio Adriano faz pensar a partir do que se pode convencionar como uma poética da dúvida. Engajado, põe a arte a serviço da luta contra a invisibilidade da produção afro-brasileira no circuito de arte contemporânea. O processo de criação se completa, quase sempre, no espaço do encontro nas ruas onde, sem afrontas, ativa um vocabulário político, entendido como possibilidade de conversa, reflexão e transformação.
O certo é que a individual “Ser Negro” assume grandeza pelos trabalhos e sua proposição reflexiva, urgente e necessária, sobre arte e engajamento anticolonialista.
Sobre Sérgio Adriano H
Nasce em 1975, em Joinville (SC). Artista visual, performer e pesquisador. Vive e produz entre Santa Catarina e São Paulo. Formado em artes visuais e mestre em filosofia. Tem trabalhos em acervos públicos e particulares. Incluído em 2014 no livro “Construtores das Artes Visuais: Cinco Séculos de Artes em Santa Catarina” como um dos 30 artistas mais influentes do Estado, já integrou mais de 120 exposições individuais, coletivas e salões. Conquistou, entre outras premiações, o Reconhecimento por Trajetória Cultural Aldir Blanc SC (2020) e a Medalha Victor Meirelles – Personalidade Artes Visuais (2018), concedida pela Academia Catarinense de Letras e Artes (Acla). Com objetos, fotografias, vídeos e instalações, sua produção se situa na clave arte e engajamento. O corpo, a palavra e a história são ferramentas discursivas que incorporam a cidade, o percurso e o diálogo com o público. Seus trabalhos problematizam noções sobre o tempo e espaço, a arte e a filosofia, faz pensar a partir do que pode ser convencionado como uma poética da dúvida. Sérgio Adriano H luta contra a invisibilidade da produção afro-brasileira no circuito de arte contemporânea.
Sobre Juliana Crispe
Nasce em Florianópolis (SC). Curadora, professora, pesquisadora, arte educadora e artista visual. Doutora em educação, mestre e graduada em artes visuais. Desenvolve projetos curatoriais desde 2007, tendo realizado mais de uma centena de exposições. Participa de conselhos e comissões de editais de artes visuais em Santa Catarina e no País. Membra da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Destaque para as curadorias em parceria com a Galeria Choque Cultural (SP), curadora da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba (PR), cujo trabalho rendeu o prêmio de Jovem Curadora em 2019, curadora do 11º Salão Nacional Victor Meirelles, promovido pelo Masc e Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
FICHA TÉCNICA
Sérgio Adriano H | artista
Juliana Crispe | curadora
Jan M.O. | design
Cyntia Werner | assessoria educacional
Baixo Ribeiro, Igor Simões, Rodrigo Domingos, Sheyla Ayo e Simone Henrique | palestrantes
Priscila dos Anjos | workshops
Néri Pedroso | imprensa e revisão
Dalva França de Assis e Gustavo Rodrigues | mediação
SERVIÇOS
Exposição
O quê: Exposição “Ser Negro”
Quando: 06/09/2023, às 17:3oh
Visitação: Até 22 de setembro (exceto sábados, domingos e feriados)
Horário de visitação: das 13:30 às 17:00h
Onde: Galeria Jandira Lorenz – Departamento de Artes Visuais, CEART/UDESC
Quanto: Gratuito
Comissão de Cultura e Eventos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP).
REALIZAÇÃO
Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Artes – 2021, Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Governo do Estado de Santa Catarina
Galeria Jandira Lorenz / DAV / CEART / UDESC
APOIO CULTURAL
• UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina
• AYA – Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais /FAED/UDESC
• [COMPOR] – Grupo de Pesquisa Compor /CEART/UDESC
• Grupo de Pesquisa Articulações Poéticas /CEART/UDESC
• NUDHA – Núcleo de Diversidade, Direitos Humanos e Ações Afirmativas /CEART/UDESC
• Ebó Epistêmico / UFSC
• Armazém Coletivo Elza
• Museu Victor Meirelles/Instituto Brasileiro de Museus/ Ministério da Cultura
• Galeria Choque Cultural, São Paulo (SP)
• Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), Rio de Janeiro (RJ)
SAIBA MAIS
facebook.com/sergioadrianoh
Instagran/sergio_adriano_h
Flick: Sergio Adriano H
CONTATOS
Ass. imprensa: NProduções Néri Pedroso (jorn.) (48) 9-9911-9837 (whats), Sérgio Adriano H (11) 94265-5179