Ebó epistêmico – Projeto de pesquisa e extensão
  • CHAMADA – Monitoria do 3º Fazendo Cruzos entre Antropologias, Artes e Museologias

    Publicado em 04/10/2023 às 09:29

    Venha ser monitor/a/e do 3º Fazendo Cruzos entre Antropologias, Artes e Museologias: Rasurando (PÓS/DE/ANTI/CONTRA) colonialismos/dades, promovido pelo Projeto de Pesquisa e Extensão Ebó Epistêmico

    🗣 INSCRIÇÕES ATÉ 06/10 (link aqui)

    🟪 Certificação de 20h!

    Público alvo: estudantes regularmente matriculados na graduação ou pós-graduação da @universidadeufsc;

    Pré-requisitos exigidos para monitoria: matrícula regular em curso de graduação ou pós-graduação da UFSC, com disponibilidade para participar da reunião de treinamento no dia 16/10/2023 no período da tarde; montagem do espaço do evento no dia 17/10/2023; disponibilidade de ao menos dois turnos entre manhã/tarde/noite no dia do evento 18/10/2023; e desmontagem do espaço do evento no dia 19/10/2023.

    Edital Completo

    Nos acompanhe via Instagram


  • PROGRAMAÇÃO – III Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias

    Publicado em 29/09/2023 às 20:36

    A programação do III Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias está pronta e está incrível!

    Com a temática “Rasurando colonialismos:
    PÓS/CONTRA/ANTI/Decolonialidades” teremos atividades diversas que acontecerão ao longo do dia 18/10 no CFH.

    O Ebó Epistêmico realiza o evento semestralmente em um cruzo de parcerias entre o departamento de Antropologia UFSC, @museologiaufsc, NUER e @ppgasufsc.

    Essa edição conta com o apoio do @proexufsc@CFH e @udesc.
    Dentre as atividade teremos exposição, performances, roda de capoeiras, Ajeum e roda de conversa.

    Além disso, teremos quatro salas interativas, cada uma, representando um dos conceitos que compõem a temática deste III Fazendo Cruzos, com a oferta de oficinas para todas pessoas! Em breve, mais informações e link para inscrições com certificação.

    🟣 O evento será de forma presencial na UFSC no dia 18 de Outubro.

    Não perca!


  • Está aberto o Edital de Monitoria para o III Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias

    Publicado em 20/09/2023 às 22:18

     

    A Comissão Organizadora do Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias torna público o edital de seleção de 50 (cinquenta) pessoas para monitoria do 3º Fazendo Cruzos entre Antropologias, Artes e Museologias: Rasurando (PÓS/DE/ANTI/CONTRA) colonialismos/dades, promovido pelo Projeto de Pesquisa e Extensão Ebó Epistêmico.

    Público alvo: estudantes regularmente matriculados na graduação ou pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina;
    Pré-requisitos exigidos para monitoria: matrícula regular em curso de graduação ou pós-graduação da UFSC, com disponibilidade para participar da reunião de treinamento no dia 16/10/2023 no período da tarde; montagem do espaço do evento no dia 17/10/2023; disponibilidade de ao menos dois turnos entre manhã/tarde/noite no dia do evento 18/10/2023; e desmontagem do espaço do evento no dia 19/10/2023.

    Acesso o edital clicando aqui 

    Acompanhe as prévias do nosso evento através do Instagram.


  • #TBT Palestra Vozes negras na Antropologia: desafios e transgressões de um curso antirracista com Dr. Messias Basques

    Publicado em 08/09/2023 às 17:52

    Chegamos na última quinta-feira do mês com mais um #tbt, dessa vez lá do dia 25 de abril do ano passado! Nesse dia, realizamos a palestra Vozes negras na Antropologia: desafios e transgressões de um curso antirracista, ministrada pelo Dr. Messias Basques em parceria com nosso Projeto de Pesquisa e Extensão Ebó Epistêmico.

    Fizemos o convite à discentes, docentes e demais membros da comunidade acadêmica da UFSC assim como gestores da rede pública de ensino e a todes além da universidade com interesse na temática para participarem da palestra por meio da plataforma youtube. Mesmo na modalidade online, tivemos grandes contribuições e conversas importantes sobre epistemicídio e descolonização dos conhecimentos e saberes científicos.

    A gravação da palestra está disponível em nosso canal do youtube Ebó Epistêmico no link abaixo

     

    https://www.youtube.com/watch?v=uQVJHk-hUDc&ab_channel=Eb%C3%B3epist%C3%AAmico


  • Exposição Individual do Artista Sérgio Adriano H abre dia 06.09 na Galeria Jandira Lorenz

    Publicado em 04/09/2023 às 13:37

    O artista Sérgio Adriano H apresentará uma exposição individual na Galeria Jandira Lorenz, galeria do Departamento de Artes Visuais do CEART/UDESC.

    Artista da Geração 2000, um dos mais atuantes de Santa Catarina, Sérgio Adriano H, que vive e atua entre Joinville (SC) e São Paulo (SP), celebra os 20 anos de carreira com o projeto “Ser Negro”, exposição que tem a curadoria de Juliana Crispe e está legitimada pela conquista do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Artes – 2021, uma iniciativa do governo do Estado de Santa Catarina por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
    O itinerário da mostra contemplou intervenções em frente ao Museu de Arte de Blumenau (MAB), em Blumenau (SC) e na praça Coronel Bertaso, em Chapecó (SC), na galeria Choque Cultural, em São Paulo (SP) e no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), no Rio de Janeiro (RJ). O momento inaugural do projeto movimentou a Casa da Cultura Fausto Rocha Junior, na Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew, em Joinville, no dia 10 de março de 2022 em Joinville (SC) e finaliza as ações em Florianópolis.
    Celebração de conquista

    Os livros, objetos, fotografias, videos, apropriação de imagens de figuras históricas e as palavras são estruturantes na exposição “Ser Negro”, que propõe uma reflexão sobre os 20 anos de trajetória de Sérgio Adriano H.

    Para celebrar as conquistas alcançadas em 20 anos de intensa atuação, não à toa, Sérgio convida a pesquisadora e curadora Juliana Crispe, hoje um dos nomes mais sólidos do circuito de arte de Santa Catarina pela amplitude de suas conexões, pensamento e sensibilidade descolonial. A seleção curatorial enfatiza resulta de certo modo numa síntese em torno de uma produção que discute vida e morte, o tempo e o espaço, a paisagem e a arquitetura tendo como dispositivo o próprio corpo do artista, a palavra e a história um lugar para as lutas coletivas e antirracistas. As investigações de boa parte destas obras passam pelas enciclopédias, dicionários, livros de arte e revistas em que rasura, pinta, recorta, imprime e sulca.

    O artista constrói suas imagens a partir de fotos, vídeos, instalações e objetos com os quais questiona o sistema simbólico chamado “verdade”, um conceito nem sempre contemplado nos livros da história do Brasil, cujos textos apostam no apagamento social dos negros, negam a identidade racial e violentam aqueles que são hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o maior contingente populacional do país. A invisibilidade e os seus efeitos se afirmam por meio de um discurso de cordialidade, da negação do racismo estrutural e pela violência com números estarrecedores de homicídios, nos quais jovens e negros aparecem sempre no patamar das vítimas.

    Provocador, ao aproximar arte e filosofia, Sérgio Adriano faz pensar a partir do que se pode convencionar como uma poética da dúvida. Engajado, põe a arte a serviço da luta contra a invisibilidade da produção afro-brasileira no circuito de arte contemporânea. O processo de criação se completa, quase sempre, no espaço do encontro nas ruas onde, sem afrontas, ativa um vocabulário político, entendido como possibilidade de conversa, reflexão e transformação.
    O certo é que a individual “Ser Negro” assume grandeza pelos trabalhos e sua proposição reflexiva, urgente e necessária, sobre arte e engajamento anticolonialista.
    Sobre Sérgio Adriano H

    Nasce em 1975, em Joinville (SC). Artista visual, performer e pesquisador. Vive e produz entre Santa Catarina e São Paulo. Formado em artes visuais e mestre em filosofia. Tem trabalhos em acervos públicos e particulares. Incluído em 2014 no livro “Construtores das Artes Visuais: Cinco Séculos de Artes em Santa Catarina” como um dos 30 artistas mais influentes do Estado, já integrou mais de 120 exposições individuais, coletivas e salões. Conquistou, entre outras premiações, o Reconhecimento por Trajetória Cultural Aldir Blanc SC (2020) e a Medalha Victor Meirelles – Personalidade Artes Visuais (2018), concedida pela Academia Catarinense de Letras e Artes (Acla). Com objetos, fotografias, vídeos e instalações, sua produção se situa na clave arte e engajamento. O corpo, a palavra e a história são ferramentas discursivas que incorporam a cidade, o percurso e o diálogo com o público. Seus trabalhos problematizam noções sobre o tempo e espaço, a arte e a filosofia, faz pensar a partir do que pode ser convencionado como uma poética da dúvida. Sérgio Adriano H luta contra a invisibilidade da produção afro-brasileira no circuito de arte contemporânea.

    Sobre Juliana Crispe

    Nasce em Florianópolis (SC). Curadora, professora, pesquisadora, arte educadora e artista visual. Doutora em educação, mestre e graduada em artes visuais. Desenvolve projetos curatoriais desde 2007, tendo realizado mais de uma centena de exposições. Participa de conselhos e comissões de editais de artes visuais em Santa Catarina e no País. Membra da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Destaque para as curadorias em parceria com a Galeria Choque Cultural (SP), curadora da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba (PR), cujo trabalho rendeu o prêmio de Jovem Curadora em 2019, curadora do 11º Salão Nacional Victor Meirelles, promovido pelo Masc e Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

    FICHA TÉCNICA
    Sérgio Adriano H | artista
    Juliana Crispe | curadora
    Jan M.O. | design
    Cyntia Werner | assessoria educacional
    Baixo Ribeiro, Igor Simões, Rodrigo Domingos, Sheyla Ayo e Simone Henrique | palestrantes
    Priscila dos Anjos | workshops
    Néri Pedroso | imprensa e revisão
    Dalva França de Assis e Gustavo Rodrigues | mediação

    SERVIÇOS
    Exposição
    O quê: Exposição “Ser Negro”
    Quando: 06/09/2023, às 17:3oh
    Visitação: Até 22 de setembro (exceto sábados, domingos e feriados)
    Horário de visitação: das 13:30 às 17:00h
    Onde: Galeria Jandira Lorenz – Departamento de Artes Visuais, CEART/UDESC
    Quanto: Gratuito

    Comissão de Cultura e Eventos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP).

    REALIZAÇÃO
    Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Artes – 2021, Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Governo do Estado de Santa Catarina
    Galeria Jandira Lorenz / DAV / CEART / UDESC

    APOIO CULTURAL
    • UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina
    • AYA – Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais /FAED/UDESC
    • [COMPOR] – Grupo de Pesquisa Compor /CEART/UDESC
    • Grupo de Pesquisa Articulações Poéticas /CEART/UDESC
    • NUDHA – Núcleo de Diversidade, Direitos Humanos e Ações Afirmativas /CEART/UDESC
    • Ebó Epistêmico / UFSC
    • Armazém Coletivo Elza
    • Museu Victor Meirelles/Instituto Brasileiro de Museus/ Ministério da Cultura
    • Galeria Choque Cultural, São Paulo (SP)
    • Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), Rio de Janeiro (RJ)

    SAIBA MAIS
    facebook.com/sergioadrianoh
    Instagran/sergio_adriano_h
    Flick: Sergio Adriano H

    CONTATOS
    Ass. imprensa: NProduções Néri Pedroso (jorn.) (48) 9-9911-9837 (whats), Sérgio Adriano H (11) 94265-5179


  • Exposição Encruzilhadas Artísticas está com reimpressões das artes disponíveis no Hall do CFH/UFSC!

    Publicado em 22/06/2023 às 13:20

    O Fazendo Cruzos não acabou por aqui!

    A exposição Encruzilhadas Artísticas com a curadoria das professoras e pesquisadoras Juliana Crispe (UDESC) (@juliana_crispe ] e Thainá Castro [@thaicomaga ]da Coordenadoria Especial de Museologia (CEM/CFH/UFSC) encantou o Centro de Filosofia e Ciências Humanas com suas artes visuais presentes no hall do CFH e ficaram expostas até o dia 30/6 para visitação.

    Informamos que as reimpressões dessas artes estarão disponíveis até esta 6a feira (23/6) no hall, sobre os totens localizados abaixo dos banners.

    E convidamos a todes que quiserem levar consigo as lembranças desse evento para que continuemos reverberando a potência do nosso encontro.

    Artistas:
    Luiz Rufino [@rufino.luiz7 ]
    Rita Oyakanmi [@jaguatirita ]
    Sérgio Adriano H. [@sergio_adriano_h ]
    k_uz [@kuz_kaa ]
    trindadead [@trindadead]

    Curadoria:
    Juliana Crispe
    Thainá Castro

    Parceria:
    Armazém Coletivo Elza
    Programa de Pós Graduação em Artes Visuais / UDESC
    Departamento de Artes Visuais / UDESC
    Grupo de Pesquisa Compor / UDESC


  • É Hoje: 2º Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias – Pedagogia das/nas Encruzilhadas: Exu como Educação

    Publicado em 07/06/2023 às 09:26

    Hoje, 7 de junho, acontece o 2º Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias, promovido pelo Projeto de Pesquisa e Extensão Ebó Epistêmicoque será sediado no auditório e no hall do Centro de Filosofia e História (CFH) e no Centro de Convivência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Campus de Florianópolis. O evento é aberto à comunidade externa e é preciso realizar inscrição até hoje por meio deste link.

    A partir da temática Pedagogia das Encruzilhadas: Exu como educação, o evento contará com performances, exposição, feira de alimentos de afro-empreendedores e roda de conversa com Luiz Rufino (Universidade do Estado do Rio de Janeiro); Jesse Cruz (Universidade Federal de Santa Maria); Bárbara Furlan Marques (UFSC) e Luck Yemonjá Banke (UFSC/ Escola Livre Ubuntu de Florianópolis).

    Confira a programação completa

    15h – Abertura da Exposição: Encruzilhadas artísticas;
    16h – Performance Ebó Epistemológico com Jesse Cruz (UFSM);
    17h – Ajeum com feira de alimentos de afro-empreendedores;
    18h – Performance Pés na água, pés em mim com Atomus Pami;
    19h – Roda de conversa Pedagogia das/nas encruzilhada com convidados;
    21h – Afroexpressão com o Grupo Ilu Oju Onu.

    Mais informações no Instagram do Ebó Epistêmico.


  • Vem Aí: 2ª Edição do Evento Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias

    Publicado em 17/05/2023 às 15:47

    [ATENÇÃO!] Vem Aí a 2ª edição do evento Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias. A temática do nosso evento nesse semestre será “Pedagogia das Encruzilhadas: Exu como educação”.

    📍O evento é aberto a toda comunidade e será de forma presencial na UFSC no dia 7 de junho!

    Fiquem atentos para nossa programação que será divulgada EM BREVE 👀


  • Leitura do livro “Pedagogia das Encruzilhadas” de Luiz Rufino

    Publicado em 17/05/2023 às 11:24

    Amazon.com.br eBooks Kindle: Pedagogia das Encruzilhadas, Rufino, Luiz

    Registro do encontro nutritivo que tivemos na última segunda-feira (08/05). Nesse dia repleto de planejamentos e novidades que vem por aí💨👀 , também mergulhamos em reflexões após a leitura coletiva do livro Pedagogia das Encruzilhadas, de Luiz Rufino.

    Na sua escrita, Rufino propõe uma pedagogia alternativa aos saberes postos como universais e a educação como caminho de reconstrução dos saberes a partir de conceitos extraídos de sabedorias e viveres afro-brasileiros. Nesta perspectiva, a figura iorubana de Exu é apresentada como o princípio de explicação do mundo e de outra ética possível.

    Como explica em uma entrevista realizada em 2018 ao Portal Aprendiz: “Exu entra na jogada não como signo restrito ao repertório cultural do que se entende enquanto religiões afro-brasileiras, mas sim como princípio explicativo de mundo. As pessoas praticam Exu enquanto sabedoria. Exu é princípio cosmológico, condição existencial para o pensamento.”

    “Exu serve também para se pensar a vida e o mundo como projeto inacabado, que pode se constituir enquanto outra possibilidade. Ele traz uma ideia que acho fundamental para nós brasileiros, enquanto paridos dessa tragédia do colonialismo: é preciso se reconstituir dos cacos e do desmantelamento.”

    E aí, se interessou? Já conhecia a referência? 🔱


  • Podcast – SBPC vai à escola

    Publicado em 19/04/2023 às 20:50

    Em 2022 O Projeto Ebó Epistêmico ganhou apoio do Programa SBPC Vai à Escola para um ciclo de oficinas intitulada a diversidade como princípio formativo da identidade nacional que foram realizadas em escolas do munícipio de Florianópolis e São José.

    No podcast veiculado no Spotify através do perfil da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a professora Alexandra Alencar junto a integrante Francine Costa falam sobre as oficinas ministradas pelo projeto Ebó Epistêmico, a partir da própria significância do nome (ebó em iorubá significa oferenda) que aponta para produção de um conhecimento na perspectiva de ofertar/oferecer outra compreensão pautada na diversidade como princípio formativo.

    A iniciativa das oficinas de letramento racial advém da disciplina de graduação para licenciatura de Ciências Sociais, estudos afro-brasileiros, que tem como trabalho final a produção de conteúdo com temática racial sob forma de material didático. Tal disciplina desde 2020 tem sido ministrada pelas professoras Flávia Medeiros e Alexandra Alencar, também coordenadoras do projeto de extensão e pesquisa Ebó Epistêmico. Com esses materiais feitos pelos estudantes da graduação em mãos e transpostos também no site, surgiu a necessidade e o desejo de levar isso para as escolas, com objetivo de contribuir com a aplicação da educação das relações étnico-raciais, sustentada pela Lei 10.639 que este ano comemora 20 anos, a qual obriga escolas o ensino da história da África, uma vez que “o racismo, da forma como estrutura a sociedade, assola a produção do conhecimento, afetando na construção de saberes.

    Como aponta Alexandra Alencar na gravação do podcast, é a escola o lugar onde, muitas vezes, os estudantes têm o primeiro contato com o racismo, assim foram realizadas as oficinas “diversidade como princípio formativo da identidade nacional” na intenção de promover a desnaturalização e desconstruções da concepção que estudantes e a comunidade escolar tem sobre raça e as relações étnico-raciais, a partir da difusão da própria antropologia de conceitos como identidade, etnocentrismo e relativismo com atividades reflexivas e práticas que promovam a ampliação das compreensões que os estudantes e a comunidade escolar tenham sobre a sociedade e os indivíduos.

    As oficinas de letramento racial ocorreram em diferentes instituições de ensino fundamental e médio Florianópolis e foram ministradas por 14 integrantes do Ebó da graduação e pós-graduação, impactando pelo menos 180 pessoas entre alunos e professores dessas instituições de ensino. Francine Costa, doutoranda pesquisadora de relações étnico raciais e uma das idealizadoras das oficinas, conta que a primeira escola comtemplada foi a EEB Aderbal Ramos da Silva onde o primeiro e segundo ano do ensino médio foram contempladas pelas oficinas do programa. Aproximadamente 60 estudantes acompanhados de suas professoras compuseram as atividades, participando ativamente das discussões dos materiais didáticos apresentados, muitas perguntas foram feitas e ao final do ciclo de oficinas obtiveram-se feedbacks muito positivos dos estudantes e professores que fizeram parte e da equipe.